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- Eis o meu castelo, diz o velhaco. Eu sou o rei dos
morgans e eu te ofereço minha hospitalidade.
- É que... murmura Mona...minha mãe vai se
preocupar...
- Tivesse pensando nisso antes, rosna o velho rei.
Ele ia acrescentar que fazia
muito tempo que a observava, pois ele havia reparado sua grande beleza,
quando seu filho aparece. Mona sufoca. Jamais ela tinha visto em sua vida tão
belo homem. Ele, a observava também, espantado e sem poder desviar seu olhar de
um rosto tão charmoso.
- Meu pai, diz o jovem rapaz. É a
esposa a mim destinada?
O rei dos Morgans diz com toda a
sua altura: nunca! Nunca! Rosna ele raivoso. Mas, se achando diante de seu
filho, ele não ousa contar que ele tinha o projeto de se casar, ele mesmo, com
essa jovem moça e se contenta de resmungar:
- Um Morgan nunca se casa com uma
filha da terra.
- Eu vos peço, meu pai, pede o
jovem Morgan, só em vê-la, eu já me sinto emocionado e se por um acaso, ela me
amasse também...
- Basta! Grita o pai. Eu trouxe
essa filha da terra para fazê-la de empregada, é tudo! Existe em nosso reino,
lindas morganes, o suficiente para que possas escolher uma que te agrade!
Agora que ele havia pronunciado
essas palavras, o velho rei não podia mais casar-se ele mesmo com Mona. Ele
estava furioso, ulcerado, doente, tão irado que se torna terrível. De inicio
ele tenta aprisionar Mona, para que seu filho não a possa perceber, mas isso
não serve que para deprimir o jovem homem. Então seu pai toma a decisão de
casá-lo para que ele esqueça a filha da terra. Tempo perdido: o jovem homem nem
mesmo olha sua noiva e continua a perguntar, como o faz todos os dias, quando seu
pai lhe dará Mona como esposa.
Nunca! Nunca! Nunca! O velho rei
não cedia e imaginando ver a moça da terra nos braços de seu filho, ele
preferia a morte. E então, toma a decisão. Ele faz vir seu filho e lhe diz:
- Tua noiva já esperou o bastante.
Amanhã, tu se casarás. Quanto à Mona, se ela quiser viver, ela deverá provar
que é uma excelente serviçal, pois não quero aqui, nenhuma boca inútil. Ela
preparará o jantar de núpcias, se ele não for bom, ela morrerá.
No dia seguinte, Mona foi
convocada à cozinha. O velho rei lhe dá grandes conchas do mar vazias e lhe
ordena de preparar um maravilhoso jantar. Depois, sem escutar a moça, ele se
junta ao cortejo de núpcias que se dirigia para o casamento. O cortejo
desfilava ao longo da Avenida Real, a mais bela das estradas do reino. O jovem Morgan
marchava em primeiro. Ele tinha um ar leve, quase alegre, o que tranquiliza seu
pai. Mais eis que nesse instante, ele para e bate na testa, rindo.
- Oh meu pai, é muito descuido: eu
esqueci as alianças sobre a mesa! Eu correrei para pegá-las e voltarei.
E antes que seu pai pudesse lhe
impedir, ele partiu. Ao chegar à cozinha, ele percebe Mona a chorar. Ela se
joga em seus braços.
- Eu devo fazer o jantar, soluça
ela, e não me deram nada para isso: nem fogo, nem nada a cozer.
- Não chore minha doce, eu estou
aqui e lhe ajudarei.
Ele estende o dedo para o fogão e
o fogo logo se acende. Ele toca as marmitas e elas se enchem de peixes
finamente cozinhados e de suculentos molhos aos crustáceos. Depois ele diz:
- Eu lhe salvo a vida, minha doce,
mas eu lhe perco, pois me casarei essa manhã. Saibas, no entanto que eu não amo
que você, para sempre.
Eles choram, mas as lágrimas não podem de nada
servir, e o Morgan retorna ao cortejo.
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