quarta-feira, 6 de junho de 2012

Os Morgans e Mona Parte III


- E então! Resmunga o velho Morgan penetrando na cozinha. O casamento foi celebrado. Tudo está pronto, Mona?

Ele dá uma olhada nas marmitas e resta estupefato, depois serra os dentes. Ele poderia jurar que a magia de seu filho tinha algo a ver com esse jantar muito bem preparado.

- Você me enganou, diz ele a Mona com um ar malvado, mas você não perde por esperar. Esta noite você virá à entrada do quarto de meu filho e de sua mulher, levando uma vela. Se por uma infelicidade, você deixar apagar a vela, então você morrerá.

Mona congela: necessariamente a chama se apagará quando a cera for inteiramente consumida. Ela se resigna a morrer e quis prevenir o jovem Morgan. Entretanto, todas as portas estavam fechadas, ela estava trancada na cozinha, enquanto que seu amigo estava no grande salão de festas, onde não poderia escapar. Mona se derrama em lagrimas. Ela pede perdão aos seus pais, de sua mãe que ela tinha duvidado e de seu pai, que ela tinha menosprezado e recomenda sua alma aos deuses.

A noite vinda, o velho rei acompanha seu filho até o quarto:

- Como é o costume, anuncia ele, alguém montará guarda diante de vossa porta, trazendo uma vela. Não se inquiete, então, caso ouça algum barulho.

O jovem Morgan quis perguntar quem montaria a guarda, mas seu pai já tinha partido. O rapaz se diz que com certeza será algum serviçal do castelo e não mais insiste. No entanto, durante um momento, ele pensou escutar vozes no corredor. O velho rei não sabia murmurar. Percebia sua voz sufocada, que perguntava:

- A vela já se consumiu?

- Não ainda, responde uma voz doce, que o jovem Morgan reconheceria entre mil outras.

Alguns minutos passam.

- A vela já se consumiu?

O jovem Morgan se perguntava o que seria essa história de vela, a qual ele não compreendia nada. Não se aguentando, ele vira-se para sua mulher e diz:

- Faz frio aqui. E escuto Mona no corredor, você poderia lhe dizer de vir acender o fogo? Durante este tempo, você segurará a vela.

Enquanto Mona fechava a porta, uma corrente de ar apagou a vela. Surpresa, a jovem esposa resta um momento sem se mexer. Ela escuta então uma voz que se inquietava.

- A vela já se consumiu?

- Ela se apagou, responde a esposa.

      E antes que ela tivesse tempo de compreender, uma espada lhe tinha arrancado a cabeça.

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