Sucellos é o deus
dos campos, plantações e florestas, protetor das colheitas e rebanhos. Deus da
prosperidade, do caldeirão mágico e da bebida imortal – a cerveja.
Possuidor de muitas faces e
disfarces, por vezes ele é descrito de uma beleza tão pura que poderia ser
mortal aos humanos, por outra aparece como um homem de meia-idade, barbudo e
vestido à maneira gaulesa, portando o malhete com o qual pode dar ou retirar a
vida dos mortais. Muitas de suas ilustrações costumam mostrar este arquétipo
maduro do deus, geralmente acompanhado por lobos ou cães e apoiado em toneis de
cerveja.
Como
criador dos humanos, ele tinha, segundo Cesar, o arquétipo de Dis Pater, o
governador do submundo e do qual todos os gauleses julgavam descender. Literalmente seu nome poderia tanto
significar pai das riquezas como
também na forma latinizada, Deus Pai.
De acordo com Cesar em De
Bello gallico: “[...] Os gauleses se
glorificam de terem vindo de Dis Pater, tradição que eles dizem vir dos
druidas. É por esta razão que eles contam o tempo não pelo numero de dias; mas
por aqueles das noites”.
Deus das dores infinitas e
efêmeras, da seiva da vida, do entusiasmo da morte e da embriaguez nos dias de
festa, era um deus singular, inquietante e grandioso. Na festa em sua homenagem –
Trinoxtes Samones, a embriaguez pela cerveja era considerada sagrada e jogá-la
pelo chão significava sacrifícios em seu nome.
Representações de Sucellos
são encontradas na Alemanha – Mayence e Worms com o nome de Sucaelos; na
França, nas regiões de Allier, Côte d’Or, Isère, Moselle e Rhône; na Inglaterra
em Yorkshire e na Suíça em Yverdon-les-bains e Augst.
Suas associações são com o
deus campestre romano, Silvanus, e com o pai dos deuses irlandeses, Dagda.

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